nossa primeira terminalidade fechou seu ciclo. um ano próprio, autoral, já que o fizemos ter 13 meses fundindo solares & lunares! ano umbral, ano cinza autoral! & nada mais adequado, às nossas verves de ação direta de nosso bel prazer, do que findar, esse primeiro percurso em nossa temporalidade, com a artista fuleira cujo nome é AbrA T! fecha-se abrindo! como o horizonte! como uma utopia! para nós, mONSTRERs, nada é tão bom que não possa melhorar! veja o nome da expo-cisão divi-dual!
LIVRAI-NOS DE NÓS!
RETRATAÇÃO EXORCÍSTICAS EM FRONTISPÍCIOS
OU CARRANCAS DE PROTEÇÃO!
mas não para por aqui.
VADE RETRO!
AFASTA-TE!
agora MERGULHE!
se tiver coragem!
como uma colcha de fuxico tecida em várias fitas de möbius, AbrA T é tecitura múltipla. vive ao mesmo tempo em vários planos da existência. em uma das tramas em curvas AbrA T acontece como artista fuleira na melhor de suas encruzilhadas. em outras, acontece como acadêmica de ação direta. onde lança uma chuva de conceitos-molotvs que iluminam seus passos na noite escura dos vampiros de almas & dos invasores de corpos! vermes malditos! burn bestas burns! AbrA T uma miríade de espelhos em miríades de espelhos. ou seriam constelações de estrelas em constelações de estrelas? quasares? galáxias delas! por isso suas pr0v0x receberam identificação como se fossem uma próxima. portanto pr0v0x [A], pr0v0x [B], pr0v0x [C] & pr0v0x [D]. confira cada uma delas.
pr0v0x [A]
pr0v0x [B]
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pr0v0x [D]
voltando a quem são AbrA T. sim! quem são ela? singuralidades! primeiramente, a última antropofágica da resistência espiritual hardcore, nasceu no ano do dragão. enquanto drAkônikA sua modéstia era pública, no entanto, sua vaidade era estritamente individual. do ponto de vista de seu fogaréu toda má-fé é decadente, uma gravíssima atrofia moral - baratas tontas, mesquinhas, mas furiosas. enquanto drAkônickA, porque não tiAmAt? já que sua periculosidade & terribilidade somente sobre cai por sobre as ombros corcundas das almas sebosas! cinco cabeças de extraordinária inteligência & sensibilidade cuspindo fogo contra a má-fé! burn bozóides burn! burn felici_anus burn! burn inquisidores burn!
radicalmente pró & crente no além & no depois. o além é primário, o depois subsidiário. corpo-além, corpo-depois. assim, seu corpo duplo vive da maneira mais ébria possível, mas sem deixar a seriedade de lado, por isso afirma que está viva, em cada exuberância de sua aparição! eis por onde seus gestos se mostram: transformam ingenuidades em genialidades. assim podemos nos dar o luxo de chegarmos a ser o que somos. por isso em outra dobra, fosta renomeada, por um AmAntE da hErEsiA, como pONTÍFICe dOs eLOs pERDIDOs. sim! pois o que somos, além de elos perdidos? ou, quantos elos perdidos somos capazes de suportar em nós mesmes? assim, nos fizemos presentes no dia da abertura da expo-cisão divi-dual de AbrA T. eis-nos! eis nós! em fluxo & em intercalação com sua VENIT REVOLUTION - NATALÍTIA (de outrora ou perpassada) Pontífice dos Elos Pedidos...
Carrego no ventre o cadáver da revolução!
Eu, fada a ser mãe, só queria ser filha
sendo carregada pela mão,
mas fui abandonada sozinha e condenada a parir.
O eterno retorno, que tu sejas ímpar mas nunca UM, filha!
O Espírito Santo, Aquele de Deus,
nos bulinando as almas…
e nós estupradas nos levantamos
e abusadas denunciamos:
recusemos a apologia do suplício!
Ressuscite cadáver revolucionário,
seja desta vez recebido por três rainhas:
uma bruxa, uma feiticeira e uma puta mulher da vida.
Chegarão pisando na cruz,
destruindo a adoração da tortura.
Te transmutarão na mulher que jamais será violada.
Renascerá filha e contigo morrerá
a pretensão do patriarca abusivo
que condena filhos à sua invertida imagem
a expiar sua própria e desmedida petulância.
A cruz! séculos e mais séculos
de adoração do martírio e do suplício,
da condenação sumária injusta,
da interdição da defesa e da proteção.
Apologistas da tortura nos estupram as almas.
Ressuscite! Mas renasça já bastarda e perdida
decidida a jamais se ludibriar
com promessas e barganhas celestiais.
Pois aqui estamos caídas neste mundo
e é tempo de destruir acordos com a violência.
Não não seja!
Não deva o teu ser!
Desobedeça a ordem o mundo que pre-existiu ao teu nascimento!
AbrA T. livrai-nos de nós, como livrou-se de ti a si mesma! seriam estes seus outros nomes de um ancestrofuturismo transviado? al-Ṣiddīqa, al-Mubāraka, al-Ṭāhira, al-Zakiyya, al-Rāḍiya, al-Marḍiyya, al-Muḥaddatha & al- Zahrāʾ. abençoada caçadora de hereges transversos? caça-te a ti mesme! Q feminina, luther-blissettiana de burca? ontem e amanhã nunca, hoje, sempre! rede invisível de relações!
nesta sua primeira expo-cisão divi-dual, AbrA T teve a colaboração festiva de AmAndA mArinhO, ou melhor, da DJ AMANDIX com sua maravilhosa pesquisa sobre pós-punk, darkwave, 80's & rock.
certamente a festança foi muito linda! & as imagens-quasares-centros-de-singularidades magníficas. AbrA T parte dela mesma, de uma única versão sua geradora, centro de gravidade, que atrai todas suas outras. centros de gravidades! se sobrepõem, elásticas, anamorfósicas, estranhos atratores e irradiadores. sim, há algo de místico em todas elas. há algo de portais transcendentes de auto transgressão. evoca-te! ouvidos de zaratustra, assim falou AbrA T: “Vê eu sou aquela que deve sempre superar-se a si mesma”.
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